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Quando me juntei ao Toastmasters em dezembro, fui imediatamente impressionado pela evolução visível das pessoas à minha volta, das histórias impressionantes de pessoas que mal conseguiam falar em público, e que, em menos de um ano, deram uma volta de 180 graus e agora, ouvir um discurso de um desses colegas é fantástico.
Quando me juntei ao Toastmasters em dezembro, fui imediatamente impressionado pela evolução visível das pessoas à minha volta, das histórias impressionantes de pessoas que mal conseguiam falar em público, e que, em menos de um ano, deram uma volta de 180 graus e agora, ouvir um discurso de um desses colegas é fantástico.
O "icebreaker" vem aí, o primeiro discurso onde tenho entre 4 a 7 minutos, para falar sobre aquilo que quiser, sem pressão, sem objetivos nenhuns, mas com as pessoas todas a olhar!
Tal como em 2014 quando me mudei para o Reino Unido, em que achava eu que sabia falar inglês, agora estou numa dessas situações, onde a única coisa que me vem à cabeça é fugir dela, mas temos de encarar isto como "é mais um, e é para fazer".
A minha carreira profissional, começou aqui, e posso dizer que desde o primeiro dia, forcei a barra para progredir, saindo completamente da minha zona de conforto, e de todas as vezes, senti o mesmo que estou a sentir agora - a vergonha de um possível fracasso, de não conseguir alcançar o objetivo.
Há agora esta voz dentro da minha cabeça, que grita para fugir de situações que não são confortáveis, que são desafiantes, mas, ao longo dos anos, entendi que esta voz é um sinal. Um sinal de que estou exatamente onde preciso estar, empurrando os limites da minha zona de conforto - é assim que vejo a síndrome do impostor, que estou no lugar certo, na hora certa.
Qualquer que seja o objectivo (ser chefe, líder, um Toastmaster), a forma de lá chegar começa sempre da mesma forma, com a ação de percorrer o caminho, não com a coragem. A coragem é o sentimento que temos após fazer o que temos medo de fazer.
Alguns de nós, têm a sorte de estar no lugar certo, na hora certa, de ter a influência certa, o mentor certo, os amigos certos, mas da próxima vez que estiveres sozinho com os teus botões, debaixo de uma torrente de pensamentos negativos, a sofrer com a “sunk-cost fallacy” ou se tiveres uma voz na tua cabeça a dizer que é inútil, despe-te dos preconceitos, e tem a ousadia de seguir o teu coração porque, no fim, a vergonha de ser um principiante, é o preço a pagar para chegar ao topo.