Há uma tendência notória na evolução das TI: as empresas estão a repensar a sua dependência na Cloud.
Sempre defendi que "o modelo híbrido é a solução", e embora alguns serviços, como o e-mail, sejam melhor deixados para soluções em nuvem ou SaaS, independentemente do tamanho da equipa, alguns aspetos da nuvem podem ser frustrantes.
Por exemplo, o bloqueio e as paywalls por trás de funcionalidades de segurança essenciais nos modelos SaaS - coisas como, integrações com single sign-on (SSO), alertas e MFA – devem ser padrão, não premium. Fico sempre parvo com estas decisões, porque e que medidas de segurança tão fundamentais são frequentemente limitadas por custos adicionais.
Dizer que a nuvem é mais segura é como dizer que uma fechadura é eficaz independentemente de quem tem a chave – só é tão segura quanto o seu design, configuração e implementação. Trabalho com arquitetos excepcionais, repletos de ideias inovadoras para implementações na nuvem. No entanto, mesmo entre esses especialistas, há um consenso crescente de que uma abordagem híbrida pode ser o caminho mais pragmático a seguir.
Inicialmente, a computação na nuvem foi aclamada pela sua escalabilidade e flexibilidade. Contudo, a realidade financeira dos custos crescentes provocou uma mudança estratégica. As empresas descobrem que as operações na nuvem são mais caras do que o previsto, levando a uma reconsideração das soluções on-premise e híbridas.
Em 2022, um post de David Hansson levantou essa questão e, em 2023, a 37signals saiu.
Esta mudança para uma estratégia de TI não é sobre abandonar a nuvem, mas sim uma integração ponderada de opções on-premise, híbridas e em nuvem para garantir a eficácia de custos e a eficiência operacional. O foco está em selecionar a solução apropriada para cada cenário, alinhando escolhas tecnológicas com o planeamento financeiro e equilibrando despesas de capital e operacionais para atender aos objetivos gerais da empresa.
A mudança para uma infraestrutura de TI híbrida demonstra uma compreensão sofisticada do papel que a computação na nuvem desempenha nos negócios e precisamos de mais pessoas a vê-la como uma oportunidade para reduzir custos e não como um regresso a 1990.